Imagens com História_
Memória e Afecto
Fotografia e memória. Na fotografia encontra-se a ausência, a lembrança, a separação dos que se amam, as pessoas que já faleceram, as que desapareceram.
Para algumas pessoas, fotografar é um acto prazeiroso de figurar ou imitar algo que existe. Já para outras, é a necessidade de prolongar o contacto, a proximidade, o desejo de que o vínculo persista.
Fotografia e memória. Na fotografia encontra-se a ausência, a lembrança, a separação dos que se amam, as pessoas que já faleceram, as que desapareceram.
Para algumas pessoas, fotografar é um acto prazeiroso de figurar ou imitar algo que existe. Já para outras, é a necessidade de prolongar o contacto, a proximidade, o desejo de que o vínculo persista.
Arthur Sasse & Albert Einstein
Tirada em 1951, quando o físico tinha 72 anos, a foto revela, no mínimo, uma certa excentricidade de Einstein em meio aos colegas da academia. Einstein era assim: uma figura que saiu do anonimato com trabalhos que mudaram o rumo da física, tornou-se o primeiro cientista “pop” do meio académico, envolveu-se em questões políticas e sociais e, além do Prémio Nobel e de várias reverências, foi nomeado pela revista norte-americana Time como “homem do século XX”. Tal prestígio marcou grande parte da vida do cientista e criou lendas em volta do, talvez primeiro, cientista-ídolo da história da academia.
»»»»»»» O contexto no qual a foto de Einstein foi tirada divide pesquisadores e aficionados pela sua história. A teoria mais aceita é a de ele teria sido fotografado a pedido do fotógrafo Arthur Sasse, que solicitou uma pose para comemorar seus 72 anos. Outras vertentes acreditam que a foto tenha ligação com uma campanha anti-bomba atómica, num contexto pós Segunda Guerra Mundial. O físico pedira que as pessoas encaminhassem cartas ao governo alemão solicitando o fim dos planeamentos nucleares e sugeriu que sua língua fosse emprestada para “selar’ tais cartas. Numa terceira hipótese, Einstein teria sido fotografado na saída de um hospital nos Estados Unidos, também a pedido do fotógrafo. De qualquer maneira, Einstein gostou da imagem, tanto que, de acordo com o jornalista Cássio Leite Vieira, encaminhava a foto para os amigos, autografada.
»»»»»»» O contexto no qual a foto de Einstein foi tirada divide pesquisadores e aficionados pela sua história. A teoria mais aceita é a de ele teria sido fotografado a pedido do fotógrafo Arthur Sasse, que solicitou uma pose para comemorar seus 72 anos. Outras vertentes acreditam que a foto tenha ligação com uma campanha anti-bomba atómica, num contexto pós Segunda Guerra Mundial. O físico pedira que as pessoas encaminhassem cartas ao governo alemão solicitando o fim dos planeamentos nucleares e sugeriu que sua língua fosse emprestada para “selar’ tais cartas. Numa terceira hipótese, Einstein teria sido fotografado na saída de um hospital nos Estados Unidos, também a pedido do fotógrafo. De qualquer maneira, Einstein gostou da imagem, tanto que, de acordo com o jornalista Cássio Leite Vieira, encaminhava a foto para os amigos, autografada.
Imagem original
Annie Leibovitz & John Lennon
»»»»»» A foto é famosa. É bela, é singela e é histórica. John Lennon abraçado, nu, a Yoko Ono, em pose fetal. O trabalho é de Annie Leibovitz, famosa fotógrafa americana. A história deste belíssimo clique foi veiculada há alguns anos pela Rolling Stone americana, que a publicou na famosa edição de Janeiro de 1981. Justamente no mês seguinte à morte de Lennon. Na capa, sem nada escrito, apenas a foto e o logótipo da revista, acima. Foi escolhida por editores, artistas e designers que participam da conferência da Sociedade Americana dos Editores de Revistas, em 2005, como a maior primeira página de revista dos Estados Unidos nos últimos 40 anos.
“A sessão realizou-se num brilhante e ensolarado quarto com vista para o parque (Central Park)”, diz Leibovitz, que fotografou Yoko Ono e John Lennon no apartamento do casal no edifício Dakota, em Nova York, em 8 de Dezembro de 1980. A sessão ocorreu horas antes do assassinato de Lennon, abatido a tiros por Mark Chapman. Segundo Yoko, não houveram dificuldades na sessão de fotos. “Sentimo-nos confortáveis porque era Annie [Leibovitz], a quem nós respeitávamos e confiávamos. John não teve qualquer problema para tirar a roupa. E ficámos abraçados um ao outro”.
Leibovitz estava a fotografar para a edição da Rolling Stone, por ocasião do lançamento do disco “Double Fantasy”, o primeiro álbum de John Lennon em cinco anos. “John tirou a sua roupa em poucos segundos, mas Yoko foi muito relutante. Ela disse, ‘eu vou tirar minha camisa, mas não as minhas calças”. Eu fiquei decepcionada e disse: ‘Podes deixar tudo’. Tirei a foto com uma Polaroid e nós três sabíamos imediatamente que aquilo era profundo”.
Naquela mesma noite, de volta a Dakota, vindo do estúdio de gravação, Lennon foi morto a tiros por um fã. A foto iria tornar-se a capa da Rolling Stone, que incluiu também uma das últimas entrevistas com Lennon, realizada em 5 de Dezembro com o escritor Jonathan Cott.
Mesmo agora, não é fácil para Yoko Ono olhar para a fotografia. “Por que não me foi dito que John seria levado para longe de mim logo depois, sem sequer uma chance para eu dizer adeus?”, diz ela. “Isso é o que eu penso sobre isso agora, quando eu vejo a foto”.
In http://olicruz.wordpress.com/2008/07/29/um-clique-lennon-e-yoko/
“A sessão realizou-se num brilhante e ensolarado quarto com vista para o parque (Central Park)”, diz Leibovitz, que fotografou Yoko Ono e John Lennon no apartamento do casal no edifício Dakota, em Nova York, em 8 de Dezembro de 1980. A sessão ocorreu horas antes do assassinato de Lennon, abatido a tiros por Mark Chapman. Segundo Yoko, não houveram dificuldades na sessão de fotos. “Sentimo-nos confortáveis porque era Annie [Leibovitz], a quem nós respeitávamos e confiávamos. John não teve qualquer problema para tirar a roupa. E ficámos abraçados um ao outro”.
Leibovitz estava a fotografar para a edição da Rolling Stone, por ocasião do lançamento do disco “Double Fantasy”, o primeiro álbum de John Lennon em cinco anos. “John tirou a sua roupa em poucos segundos, mas Yoko foi muito relutante. Ela disse, ‘eu vou tirar minha camisa, mas não as minhas calças”. Eu fiquei decepcionada e disse: ‘Podes deixar tudo’. Tirei a foto com uma Polaroid e nós três sabíamos imediatamente que aquilo era profundo”.
Naquela mesma noite, de volta a Dakota, vindo do estúdio de gravação, Lennon foi morto a tiros por um fã. A foto iria tornar-se a capa da Rolling Stone, que incluiu também uma das últimas entrevistas com Lennon, realizada em 5 de Dezembro com o escritor Jonathan Cott.
Mesmo agora, não é fácil para Yoko Ono olhar para a fotografia. “Por que não me foi dito que John seria levado para longe de mim logo depois, sem sequer uma chance para eu dizer adeus?”, diz ela. “Isso é o que eu penso sobre isso agora, quando eu vejo a foto”.
In http://olicruz.wordpress.com/2008/07/29/um-clique-lennon-e-yoko/
Alberto Korda & Che Guevara
O famoso retrato de Che Guevara, intitulado Guerrillero Heróico, foi tirado por Alberto Korda, no dia 5 de Março de 1960, em Havana, Cuba, diante do memorial dedicado às vítimas da explosão de La Coubre. A fotografia só foi publicada sete anos mais tarde. De acordo com Korda, Guevara demonstrava "imobilidade absoluta", "raiva" e "dor" no momento em que a fotografia foi tirada. Disse também que seu retrato capturou todo "caráter, firmeza, estoicismo e determinação" que Guevara possuía. Guevara tinha 31 anos na época da fotografia.
De acordo com o Instituto-Faculdade de Arte de Maryland (Maryland Institute College of Art), o retrato de Guevara é "a mais famosa fotografia do mundo e um símbolo do século XX".
O Victoria and Albert Museum declarou ser "a imagem mais reproduzida da história da fotografia". Jonathan Green, diretor do Museu de Fotografia da Universidade da Califórnia em Riverside, afirmou que "a imagem virou um idioma mundial, um símbolo alfa-numérico, um hieróglifo, um símbolo instantâneo". Ela reaparece misteriosamente sempre que há um conflito. "Não há nada na história que funcione desse jeito," afirma.
http://www.amigosdepelotas.com/2008/11/fotos-histricas-guevara-herico.html
De acordo com o Instituto-Faculdade de Arte de Maryland (Maryland Institute College of Art), o retrato de Guevara é "a mais famosa fotografia do mundo e um símbolo do século XX".
O Victoria and Albert Museum declarou ser "a imagem mais reproduzida da história da fotografia". Jonathan Green, diretor do Museu de Fotografia da Universidade da Califórnia em Riverside, afirmou que "a imagem virou um idioma mundial, um símbolo alfa-numérico, um hieróglifo, um símbolo instantâneo". Ela reaparece misteriosamente sempre que há um conflito. "Não há nada na história que funcione desse jeito," afirma.
http://www.amigosdepelotas.com/2008/11/fotos-histricas-guevara-herico.html
Nic Ut & Kim Phuc
»»»»» A oito de Junho de 1972, um avião norte-americano bombardeou a população de Trang Bang com Napalm. Ali se encontrava Kim Phuc e a sua família. Com a sua roupa em chamas, a menina de nove anos corria no meio do povo desesperado, e no momento que as suas roupas tinham sido consumidas, o fotógrafo Nic Ut registou a famosa imagem. Depois, Nic levou-a para um hospital onde ela permaneceu durante 14 meses sendo submetida a 17 operações de enxerto de pele. Qualquer um que vê esta fotografia, mesmo que menos sensível, poderá ver a profundidade do sofrimento, a desespero, a dor humana na guerra, especialmente para as crianças. Hoje em dia Pham Thi Kim Phuc está casada, com dois filhos e reside no Canadá onde preside a Fundação Kim Phuc, dedicada a ajudar as crianças vítimas da guerra e é embaixadora da UNESCO.”
http://moscasmortas.wordpress.com/2009/10/page/2/
Ver ainda_
http://www.youtube.com/watch?v=Ev2dEqrN4i0&featuAqui
http://moscasmortas.wordpress.com/2009/10/page/2/
Ver ainda_
http://www.youtube.com/watch?v=Ev2dEqrN4i0&featuAqui
Steve McCurry & Sharbat Gula
»»»»» Sharbat Gula foi fotografada quando tinha 12 anos pelo fotógrafo Steve McCurry, em Junho de 1984. Foi no acampamento de refugiados Nasir Bagh do Paquistão durante a guerra contra a invasão soviética.
A sua foto foi publicada na capa da National Geographic em Junho de 1985 e, devido à seu expressivo rosto de olhos verdes, a capa converteu-se numa das mais famosas da revista e do mundo. No entanto, naquele tempo ninguém sabia o nome da rapariga. O mesmo homem que a fotografou realizou uma busca pela jovem que durou exactamente 17 anos. Em Janeiro de 2002, encontrou a menina, já uma mulher de 30 anos e pôde saber seu nome. Sharbat Gula vive numa aldeia remota do Afeganistão, é uma mulher tradicional pastún, casada e mãe de três filhos.
Ela regressou ao Afeganistão em 1992.
http://detudoimagens.blogspot.com/2009_10_04_archive.html
A sua foto foi publicada na capa da National Geographic em Junho de 1985 e, devido à seu expressivo rosto de olhos verdes, a capa converteu-se numa das mais famosas da revista e do mundo. No entanto, naquele tempo ninguém sabia o nome da rapariga. O mesmo homem que a fotografou realizou uma busca pela jovem que durou exactamente 17 anos. Em Janeiro de 2002, encontrou a menina, já uma mulher de 30 anos e pôde saber seu nome. Sharbat Gula vive numa aldeia remota do Afeganistão, é uma mulher tradicional pastún, casada e mãe de três filhos.
Ela regressou ao Afeganistão em 1992.
http://detudoimagens.blogspot.com/2009_10_04_archive.html
Esta é ela hoje - foto tirada em 2002
Victor Jorgensen & O beijo de despedida à guerra
»»»»»O beijo de despedida a Guerra foi feita por Victor Jorgensen em Times Square em 14 de Agosto de 1945, onde um soldado da marinha norte-americana beija apaixonadamente uma enfermeira. Fora do comum para aquela época pois os dois personagens não eram um casal, eram perfeitos estranhos que tinham acabado de se encontrar. A fotografia considerada uma analogia da excitação e paixão que significa regressar a casa depois de passar uma longa temporada fora, com também a alegria experimentada ao término de uma guerra.
http://artesefotografia.blogspot.com/2010/04/fotografias-historicas.html
Robert Doisneau & O Beijo do Hôtel de Ville
»»»»» A foto ao lado é considerada como a mais vendida da história. No ano de 1950 o fotógrafo Robert Doisneau (1912-1994) encontrava-se a tomar café na Rue de Rivoli, bem em frente ao Hotel de Ville, quando captou a imagem (assim se dizia) de um casal apaixonado beijando-se intensamente, enquanto caminhava na multidão.
Tal fotografia completou o trabalho que ele realizava sobre o romantismo francês, ilustrando a reportagem encomendada pela revista Americana LIFE, batizando a cena com o nome “O beijo do Hotel de Ville“.
Na realidade, a foto não foi ocasional. Doisneau levou o casal da foto ao lado (Françoise Bornet e Jacques Carteaud), para três locais de Paris: a Place de la Concorde, a Rue de Rivoli e o Hôtel de Ville, pedindo que os dois se entrelaçassem com volúpia. Resultou, daí, “O Beijo do Hôtel de Ville” -foto-ícone do romantismo parisiense dos anos 1950.
Tal fotografia completou o trabalho que ele realizava sobre o romantismo francês, ilustrando a reportagem encomendada pela revista Americana LIFE, batizando a cena com o nome “O beijo do Hotel de Ville“.
Na realidade, a foto não foi ocasional. Doisneau levou o casal da foto ao lado (Françoise Bornet e Jacques Carteaud), para três locais de Paris: a Place de la Concorde, a Rue de Rivoli e o Hôtel de Ville, pedindo que os dois se entrelaçassem com volúpia. Resultou, daí, “O Beijo do Hôtel de Ville” -foto-ícone do romantismo parisiense dos anos 1950.
Françoise Bornet na actualidade
Como agradecimento, o casal recebeu uma cópia da foto na época.
No ano de 2005, Françoise Bornet (mulher do beijo), na foto ao lado já com 75 anos, levou a leilão a foto que guardara durante mais de 50 anos, autografada pelo fotografo. Foi vendida por uns impressionantes 155 mil euros.
Nic Ut & Sudão
»»»»» Sudão, Março de 1993. Uma criança sem identidade, do sexo feminino, arrasta-se em direcção a um campo de alimentação montado pelas Nações Unidas.
O fotógrafo Kevin Carter ganhou o prémio Pulitzer de fotojornalismo com uma fotografia tirada na região de Ayod (uma pequena aldeia em Suam), que percorreu o mundo inteiro. A figura esquelética de uma pequena menina, totalmente desnutrida, recostando-se sobre a terra, esgotada pela fome, e a ponto de morrer, enquanto num segundo plano, a figura negra de um abutre se encontra espreitando e esperando o momento preciso da morte da menina.
O abutre espera pacientemente que a Mãe Natureza lhe sirva o almoço.
O fotógrafo sul-africano Kevin Carter também está à espera. O que seria apenas mais uma entre as muitas dezenas de fotos que já tirara naquele dia, transforma-se numa imagem memorável quando o animal surge e ocupa o mesmo enquadramento. «Se ao menos o abutre abrisse as asas…» – pensou.
Vinte minutos passam e o abutre não colabora. O fotógrafo acaba por desistir e tira várias fotos da menina e do animal, uma das quais ficará imortalizada na capa de 26 de Março do New York Times como «o símbolo da fome e do horror em África».
Depois de tirar as fotografias, Carter afasta o abutre e senta-se à sombra de uma árvore a fumar um cigarro, enquanto a criança, esgotada e faminta, retoma a sua lenta e penosa marcha pela sobrevivência.
14 meses depois, a 23 de Maio de 1994, Kevin Carter recebe o Prémio Pulitzer por causa desta foto – às aclamações iniciais, porém, sucedem-se as críticas. Alguns jornalistas questionam a autenticidade da foto, sugerindo que esta fora «encenada». Outros colocam em causa a ética do fotógrafo: «Um homem ajustando as lentes até conseguir o quadro perfeito do sofrimento da menina bem pode ser visto como um predador, outro abutre em cena», escreve o St.Petersburg Florida Times.
A 27 de Julho desse ano, dois meses depois de ganhar o Pulitzer e ser transformado numa das «sensações do momento» em Nova Iorque, Kevin Carter estaciona a sua Nissan «pickup» vermelha à beira do rio Braamfonteinspruit, um pequeno curso de água nos arredores de Johannesburg onde costumava brincar em criança. Liga uma mangueira de jardim ao tubo de escape, fecha-se no carro, escreve um bilhete, coloca os «phones» nos ouvidos, liga o motor e morre por inalação de monóxido de carbono. Tinha 33 anos.
O suicídio de Kevin Carter é contado entre os fotojornalistas como um «aviso» aos novatos, servindo como exemplo dos perigos de se fotografar demasiado perto as misérias humanas.
João Silva – fotografo - quem posteriormente contará o que se passou com Carter quando se sentou à sombra da árvore depois de tirar a foto da menina: «Acendeu um cigarro, falou com Deus, chorou. Depois disso ficou deprimido, dizia que só queria abraçar a filha».
http://www.guiadelojas.com/fotografia/historia_fotos_historicas.html
http://fotografiacariri.blogspot.com/2010/01/as-varias-mortes-de-kevin-carter.html
O fotógrafo Kevin Carter ganhou o prémio Pulitzer de fotojornalismo com uma fotografia tirada na região de Ayod (uma pequena aldeia em Suam), que percorreu o mundo inteiro. A figura esquelética de uma pequena menina, totalmente desnutrida, recostando-se sobre a terra, esgotada pela fome, e a ponto de morrer, enquanto num segundo plano, a figura negra de um abutre se encontra espreitando e esperando o momento preciso da morte da menina.
O abutre espera pacientemente que a Mãe Natureza lhe sirva o almoço.
O fotógrafo sul-africano Kevin Carter também está à espera. O que seria apenas mais uma entre as muitas dezenas de fotos que já tirara naquele dia, transforma-se numa imagem memorável quando o animal surge e ocupa o mesmo enquadramento. «Se ao menos o abutre abrisse as asas…» – pensou.
Vinte minutos passam e o abutre não colabora. O fotógrafo acaba por desistir e tira várias fotos da menina e do animal, uma das quais ficará imortalizada na capa de 26 de Março do New York Times como «o símbolo da fome e do horror em África».
Depois de tirar as fotografias, Carter afasta o abutre e senta-se à sombra de uma árvore a fumar um cigarro, enquanto a criança, esgotada e faminta, retoma a sua lenta e penosa marcha pela sobrevivência.
14 meses depois, a 23 de Maio de 1994, Kevin Carter recebe o Prémio Pulitzer por causa desta foto – às aclamações iniciais, porém, sucedem-se as críticas. Alguns jornalistas questionam a autenticidade da foto, sugerindo que esta fora «encenada». Outros colocam em causa a ética do fotógrafo: «Um homem ajustando as lentes até conseguir o quadro perfeito do sofrimento da menina bem pode ser visto como um predador, outro abutre em cena», escreve o St.Petersburg Florida Times.
A 27 de Julho desse ano, dois meses depois de ganhar o Pulitzer e ser transformado numa das «sensações do momento» em Nova Iorque, Kevin Carter estaciona a sua Nissan «pickup» vermelha à beira do rio Braamfonteinspruit, um pequeno curso de água nos arredores de Johannesburg onde costumava brincar em criança. Liga uma mangueira de jardim ao tubo de escape, fecha-se no carro, escreve um bilhete, coloca os «phones» nos ouvidos, liga o motor e morre por inalação de monóxido de carbono. Tinha 33 anos.
O suicídio de Kevin Carter é contado entre os fotojornalistas como um «aviso» aos novatos, servindo como exemplo dos perigos de se fotografar demasiado perto as misérias humanas.
João Silva – fotografo - quem posteriormente contará o que se passou com Carter quando se sentou à sombra da árvore depois de tirar a foto da menina: «Acendeu um cigarro, falou com Deus, chorou. Depois disso ficou deprimido, dizia que só queria abraçar a filha».
http://www.guiadelojas.com/fotografia/historia_fotos_historicas.html
http://fotografiacariri.blogspot.com/2010/01/as-varias-mortes-de-kevin-carter.html
Eddie Adams & Nguyen Ngoc Loan
»»»»» Nguyen Ngoc Loan foi um general do Vietname do Sul, chefe da policia sul-vietnamita.
O General ficou famoso em todo o mundo na década de 70 por causa de uma foto feita durante a Guerra do Vietnam (1959-1975), mais especificamente durante a ofensiva do Tet. Na foto Loan, então comandante da polícia sul-vietnamita, executou com tiros à queima roupa um prisioneiro inimigo. O prisioneiro que vestia uma camisa quadriculada, estava imobilizado, com as mãos amarradas e não oferecia qualquer tipo de resistência. Tal acto chocou o mundo e principalmente a opinião pública. A cruel imagem, principalmente devido as feições desesperadas no rosto do prisioneiro, percorreu os quatro cantos do mundo e foi usada como arma propagandística contra a ofensiva militar norte-americana e sul-vietnamita. Mas a imagem, embora extremamente chocante, não conta toda a história.
O homem que foi executado havia acabado de cometer diversos assassinatos, por isso fora julgado e assassinado friamente. O assassino executado havia matado várias pessoas da mesma família.
Segundo o fotógrafo que realizou a foto da execução em plena rua, Eddie Adams, as razões para a realização da execução a tiros de pistola derivam do facto do vietcongue ter matado friamente um policia, amigo de Loan, e toda a sua família, mulher e seis filhos perfazendo um total de 8 vítimas. Eddie Adams só tomou ciência das motivações da execução em 1985, e o General Nguyen Ngoc Loan entrou para a história, por causa desta foto, como um símbolo vil da crueldade da Guerra do Vietname.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Nguyen_Ngoc_Loan
O General ficou famoso em todo o mundo na década de 70 por causa de uma foto feita durante a Guerra do Vietnam (1959-1975), mais especificamente durante a ofensiva do Tet. Na foto Loan, então comandante da polícia sul-vietnamita, executou com tiros à queima roupa um prisioneiro inimigo. O prisioneiro que vestia uma camisa quadriculada, estava imobilizado, com as mãos amarradas e não oferecia qualquer tipo de resistência. Tal acto chocou o mundo e principalmente a opinião pública. A cruel imagem, principalmente devido as feições desesperadas no rosto do prisioneiro, percorreu os quatro cantos do mundo e foi usada como arma propagandística contra a ofensiva militar norte-americana e sul-vietnamita. Mas a imagem, embora extremamente chocante, não conta toda a história.
O homem que foi executado havia acabado de cometer diversos assassinatos, por isso fora julgado e assassinado friamente. O assassino executado havia matado várias pessoas da mesma família.
Segundo o fotógrafo que realizou a foto da execução em plena rua, Eddie Adams, as razões para a realização da execução a tiros de pistola derivam do facto do vietcongue ter matado friamente um policia, amigo de Loan, e toda a sua família, mulher e seis filhos perfazendo um total de 8 vítimas. Eddie Adams só tomou ciência das motivações da execução em 1985, e o General Nguyen Ngoc Loan entrou para a história, por causa desta foto, como um símbolo vil da crueldade da Guerra do Vietname.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Nguyen_Ngoc_Loan